arquitetar

"Procurar as orgânicas,os movimentos espontâneos,isto é, compreender a natureza para depois demarcar na geografia.A construção também tem que ser uma desconstrução.É necessário reflectir e inflectir.Procurar estar na essência da geometria.Resolver, encontrar o arco, ligar dois pontos, enfrentar um projeto e uma ideia, empreender uma lógica, um mundo."

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Centro de esportes na Tailândia; arquitetura em Bambu

Um projeto que dispensou estrutura em aço; e teve inspiração na flor de lótus.










terça-feira, 8 de agosto de 2017

Tadao Ando / Templo Verde / Sapporo - Japão

Em um Cemitério, perto da cidade de Sapporo, no Japão,  o Arquiteto Tadao Ando criou um verdadeiro templo ao cercar uma estátua de Buda em uma espécie de colina projetada para destacar a altura da escultura que mede cerca de 13,5 metros e já pertencia ao cemitério a 15 anos. Curiosamente ao invés de colocar  a escultura em um pedestal, e deixa-lo ainda mais alto, o arquiteto praticamente enterrou a escultura e a escondeu atras de um templo verde que seguindo os padrões do topo da cabeça do Buda forma uma montanha.



  






Japan Hause

De um lado, uma fachada imponente, composta por madeiras centenárias trazidas do Japão, um tributo à tradicional, precisa e delicada arquitetura japonesa. Do outro, uma fachada de cobogós de concreto, criados a partir dos elementos vazados que tanto sucesso fizeram na arquitetura brasileira dos anos 30. Paredes de inspirações distintas, o ângulo onde dois mundos se encontram.
Assim é o prédio da JAPAN HOUSE São Paulo, um misto de Brasil e Japão, assinado pelo premiado arquiteto japonês Kengo Kuma, na Avenida Paulista, 52 – um endereço ícone para os paulistanos. Kuma san aceitou o desafio de reformar um espaço já existente e transformou 2.500 metros quadrados num local com identidade própria, um edifício que combina traços nipônicos com brasileiros.
A fachada para a Av. Paulista traz um painel de madeira hinoki montada por uma equipe de artesãos especializados na arte de encaixes, cuja técnica remonta 300 anos. Peças grandes e menores de hinoki se unem num quebra-cabeças de 630 peças que compõem os 36 metros de fachada, mais 300 peças de portão.
Nobre, o hinoki leva de 70 a 80 anos para alcançar a vida adulta. Considerado sagrado dentro da religião xintoísta, é também utilizado para a construção de templos sagrados. “Ao usar o hinoki, a madeira mais preciosa do Japão, com sua textura e aroma tão especiais, eu quis oferecer aos brasileiros a essência do espírito japonês”, diz Kuma san.
A inspiração para o painel de madeira surgiu após uma visita de Kuma san ao Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera, também construído com hinoki e técnicas de encaixe. Há mais de sessenta anos, o mestre de seu mestre construiu o Pavilhão e, agora, ele aplicou a técnica de maneira absolutamente contemporânea. O Pavilhão foi desenhado por Sutemi Horiguchi (co-fundador do primeiro movimento moderno da arquitetura no Japão), mestre de Yoshichika Uchida, que por sua vez foi professor de Kuma. Assim, a JAPAN HOUSE São Paulo é ímpar por entrelaçar o DNA de arquitetos expoentes, originando um marco da arquitetura japonesa em São Paulo.











Exposição revela a essência dos trabalhos do arquiteto Kengo Kuma

A exposição Kengo Kuma - Eterno Efêmero traz a essência do trabalho de um dos arquitetos mais inventivos do Japão. Responsável pela reforma do prédio que abriga a JAPAN HOUSE São Paulo, na Avenida Paulista, Kuma assina outros inúmeros e projetos pelo mundo, já concluídos ou em andamento, como o Estádio Olímpico de Tóquio para 2020.
A essência do trabalho de Kengo Kuma está na utilização da tradição construtiva japonesa e de técnicas artesanais como base para criar desenhos contemporâneos e inovadores, atrelados ao constante uso do espaço, da luz natural, de elementos orgânicos e valores como o respeito aos materiais e a forma como são utilizados. O resultado são projetos com forte personalidade, que vêm conquistando admiradores em todo o mundo. Kuma acredita na importância de não deixar que a arquitetura se imponha sobre a natureza ou ao meio a sua volta, mas que se integre a eles, sem ofuscar.
No Japão, edificar está diretamente relacionado ao Ma – palavra japonesa que pode significar "intervalo", "espaço", "tempo" ou "distância entre duas partes estruturais". É a criação de espaços vazios, de lugares propícios para que algo potencial aconteça. Oriundo do país onde os terremotos são eventos corriqueiros, o conceito de eterno não está na manutenção dos materiais ou do edifício em si, mas na técnica utilizada para a construção que, com o tempo, pode sofrer desgastes. Por isso é tão importante preservar a técnica e a memória, o que Kengo Kuma faz em seu trabalho ao incorporar o bambu, o washi(papel japonês) e a técnica sukyia de construção em madeira, sempre privilegiando o orgânico frente ao sintético.
A exposição ocupará o andar térreo da JAPAN HOUSE São Paulo até o dia 11 de setembro. Entre os trabalhos apresentados, estarão três construções do arquiteto – Fuan, Tsumiki e Cobogó Pavilion. O Fuan é uma casa de chá feita a partir de um enorme balão flutuante, coberto por um tecido extremamente leve que pesa apenas 11g por metro quadrado e que, de acordo com a lenda japonesa, está presente na túnica celestial de um anjo. Este projeto é a perfeita expressão da ‘não construção’, da arquitetura temporária, que permite o deslocamento pelo vento e ser levado para onde quiser.





Tsumiki é um conjunto de peças de madeira que se encaixam como um brinquedo de montar. Projetados principalmente para crianças, são feitos em cedro de 7mm de espessura e com design capaz de criar diferentes arquiteturas, possibilitando a construção de formas flexíveis. Durante todo o período da mostra, haverá tsumikis menores para brincar no Jardim Japonês, no térreo da casa. Já o Cobogó Pavilion é uma escultura permanente inspirada no cobogó brasileiro, elemento construtivo vazado criado no Recife nos anos 30 e batizado com a junção da primeira sílaba dos sobrenomes de seus criadores, os engenheiros Amadeu Oliveira Coimbra, Ernesto August Boeckmann e Antônio de Góis. A obra ficará exposta no Sotodoma e, ao final da exposição, será transferida para uma praça no Jardim Europa, na cidade de São Paulo.